domingo, 30 de janeiro de 2011

Ontem foi seu aniversário



Ontem, reunimos alguns amigos, foi aniversário de minha esposa

Bebemos e falamos, rimos e choramos, celebramos a vida e degustamos

Nobres pratos, iguarias; agradeço-lhe por ter me trazido até aqui, um

contentamento, o nosso lar

Tenho a sensação que pertenço a algo superior, difícil mensurar



Nessa periferia, zona sul, a música ecoa e nos traz a sensação

Amplia a dimensão dos desejos, martela em nossa mente o poder da união

Coloque aquele vestido que tanto aprecio, realça suas curvas

Cessada as chuvas, abra seus olhos e venha comigo para um passeio misterioso



Com nossos amigos, seguiremos as estrelas, deixaremos o mundo para trás

Esqueceremos as imagens da TV e ficaremos em paz

Sentaremos num Bistrô e pediremos chopes artesanais

Confraternização e parabéns para você entre diálogos surreais...



... Permearão o nosso encontro naquela rua fina

Um amigo sai, outro casal chega e a noite nunca termina

Eu fico cego, esqueço tudo e você me vira a cabeça

Enfim, uma luz magnífica brilha para nós, visto o casaco às avessas



Eu não me lembro de mais nada, mas está tudo gravado em folhas reimpressas

Não se esqueça, coisas tecnológicas do Século XXI nos fazem equilibrar nessa linha tênue

Brilhe para mim minha querida, brilhe e brilhe, clareie minhas olheiras

Aumente minha cegueira com tua luz que me inebria



Grande valia ter tantos amigos assim...

... Desde o início até o fechamento

Da conta, estavam todos lá

Até os que se foram, os que passaram um pouco da conta, ao final estavam lá



E, terminamos a noite sorridentes...

... Cansados, suados, ébrios, onipotentes

Somos experientes, não há mágoa, rancor, ressentimentos e nem um “por que”

Juntos, em uníssono, todos aplaudiram e cantaram à vida:

“Parabéns a você nessa data querida...”



*A Tais GSM (29/01/1982)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Quando o sétimo selo for aberto






E fez-se o silêncio...

... O maior silêncio percebido desde então

Quando o inocente encontrou a Arca da Aliança




Muitos tentaram, não a encontraram

Nem escavadores, nem arqueólogos e nem aventureiros a encontraram

O conselho era óbvio demais para ser interpretado




Nela, um a um interligados, os selos se revelaram

E, até a sétima, as trombetas foram ouvidas por quem tinha ouvidos

Cada qual, trazendo sua exortação sonora hipnotizante aos aflitos




E a terceira trombeta um anjo tocou

Ainda nos faltam quatro...

Outro anjo, ansioso, nos avisou




Enquanto as fontes de água evaporavam

A estrela Absinto

Trazia amargor às que restavam




Na quarta trombeta, ocorreu um fenômeno astral

E, percebemos o surreal: “a lua sendo ferida aos nossos olhos”

Pobre dos que ainda moram nesse planeta inglório




Pois, ante a sexta trombeta

Contemplar-vos-ão os exegetas:

Fogo, fumaça e enxofre




Jacintos entre flagelos suscitar-nos-ão

A terça parte dos homens abnegados não lhes acompanharão

E os "não-escolhidos", preteridos, dizimar-se-ão




E, nem ainda assim, às revelações...

... Os que sobreviverem arrepender-se-ão

Das concupiscências, dos furtos que cometeram, da vaidade e da prostituição




Guardemos então, os acontecimentos na mente e em inscrições

Não tardou para ouvirmos os trovões, em seguida, às instruções:

Aos que restaram, vivam sem idolatria, leituras tolas e superstições

E, aperfeiçoem-se na fé por meio de jejum, amor e orações









*Baseado em ensinamentos do Apocalipse de João