quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O presidente e seus marimbondos de fogo




Vida, liberdade, igualdade

Não compro chocolates

Pelo vidro de meu carro

Isonomia no caput, fraternidade

Segurança e propriedade

Só com meu olhar

Afasto-te

Preciso de privacidade



Inviolabilidade

Educação infantil

Em qualquer natureza

Nessa terra de esperteza

Sou turista,

Vim de outra nação

Aqui a vítima sofre

O criminoso não



Estou compelido

A associar-me às suas dores

Tropa de choque

Na praça da República

Combatendo

Professores,

Policiais,

Servidores



Não sou paramilitar, apesar de

Soberania sem forças armadas

Esse é o dilema

Cidadania plena dilacerada

Leio muito sobre o tema

Venho de muito longe,

Aqui não é o meu lugar, vê

Valores do trabalho humano

Fontes alternativas

Linhas de produções expansivas



Três poderes harmônicos

Erradicam a pobreza

Repudiam o terrorismo

Extinguem o racismo, certeza?

Quando o presidente

Insiste em ficar no Senado

Só os marimbondos de fogo

Que ele mesmo descrevera

Podem lhe atacar

São vermelhos, alados

Fazê-lo derrotado

Por si mesmo

Afastá-lo de suas atribuições

Perfurá-lo com seus ferrões










*Maribondos de fogo (poesia), 1978, inclue-se entre as principais obras do autor José Sarney.





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