segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O clamor do ateu moribundo






Não se joga na cara de Deus

O aborrecimento por uma vida amarga

É isso que me faz não acreditar em sua doutrina



Ateus são céticos que negam a verdade

Com soberba, somente por vaidade

E essa descrença, aumenta-lhe o sofrimento trazendo-o a tona

Corroendo a alma enferma com econômica parcimônia



... A noite se fez rapidamente negra

Bela e prateada, eis a lua impávida

Seu lume traz melancolia e propaga-se pelo terreno

Como a dúvida que transborda sobre o ateu enfermo






*Baseado no conto: ‘Raiva e impotência’, de Gustave Flaubert (1821-1880)

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