Ah, se pudéssemos
Perceber o quão óbvia seria
Ocultar todas nossas mazelas
Sob essas vermelhas terras frias
E, o que eles nos diriam?
Não sei bem ao certo
O correto era assumirmos nossa culpa
E revelarmos aos povos como fomos incorretos
Tomamos-lhes tudo:
Terras, matas, alma, cor, gestos e sons
Roubamos-lhes seus dons, suas identidades
Afirmamos-lhes nossa Doutrina, mostramos-lhes a Verdade
Peço desculpas em nome do homem branco
Nessa aldeia urbana não há Pajé, há sobrenatural incapacidade... Apaixonadamente, quem então lhes dá a cura?
Ensinam-lhes a caçar, a lutar e pescar; a lua e o sol reverenciar?
E, só para seu sustento, coletar e ajuntar?
*Dedicado aos verdadeiros donos dessa Terra
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