Mário de Miranda Quintana, gaúcho que nasceu em 1906 e faleceu em 1994, foi poeta, tradutor e jornalista.
Viveu grande parte de sua vida, solitária morando em hotéis.
Um fato curioso é que, em 1980 após a saída do jornal Correio do povo de Porto Alegre, foi despejado do Hotel Majestic por não saldar suas diárias.
O então jogador de futebol Paulo Roberto Falcão, proprietário do Hotel Royal cedeu um quarto ao poeta, que grato lhe disse:
"Não importa o tamanho do quarto, pois moro dentro de mim mesmo."
Um poema que aprecio muito e deixo registrado nesse post é:
Tristeza de escrever
Cada palavra
É uma borboleta morta
Espetada na página
Por isso,
A palavra escrita
É sempre triste
Um poeta simples, das coisas simples que escrevia pela necessidade de escrever.
*Fonte: Nova Antologia Poética, editora Globo 2009
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