- Letra: Lou James Jr.
- Música: Mestre Edu
- Voz e gaita: Savok Onaitsirk
Há tempos perdemos a intimidade
Dessa cidade, conheço as ruas a dedo
Carrego comigo, seus medos, seu pó nas narinas
E da infância, reminiscências e alvitres nas retinas
Sinto falta da bicicleta, do Rio Grande, da bola e do rolimã
Do campinho do Sílvio, da Cohab, da casa 115
Frutas da época: carambola, goiaba vermelha, manga e romã
Saí muito jovem, ainda tinha a mente sã
A Matriz está lá, as velhas e seus escapulários
Defronte ao Bar do Joaquim, sem as árvores, o Santuário
Sua fonte e nos seus bancos ainda sentam corruptos e salafrários
Onde os jovens se encontram e verbalizam sem horário nem dicionário
O Estádio Waldemar de Freitas e suas falhas na grama
A esquina da Nenê não tem mais o pé de boldo nem a roseira
Poucos amigos restaram, besteira
Sou saudosista, que pieguice
Na Socremi, encontrava-me com a Inês, a Fernanda e a Clarisse
Passando pelas ruas retas e largas, olho para o céu a caminho da Marcenaria do Miguel
Ainda desvio dos ciclistas, dos cachorros e das carroças vou escapando
Logo ali, depois da Radio Vale, pelo Cartório do Sr Didi, passo acenando
Lá, algumas coisas nunca mudam, de rostos e lugares vou lembrando...
A loja da Dona Célia, a sorveteria do Florisvaldo, a Casa São José e o Bar do Zé Fernando...
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